Por: Antônia Claudino

ND mais.

Quando olho para o mundo, vejo que ser mulher é uma tarefa que exige coragem. Desde o primeiro choro, carregamos expectativas, sonhos e até mesmo a responsabilidade de carregar bandeiras que muitas vezes não escolhemos. A vida nos oferece um peso que, em muitos momentos, parece pesado demais para nossos ombros delicados.
Aceito os desafios que vêm com essa condição. Não preciso me esconder atrás de máscaras ou subterfúgios. A beleza não reside apenas na aparência; ela se revela nas histórias que contamos e nas lutas que travamos. Não sou menos por não seguir padrões impostos por outros. João Pessoa é linda, mas a verdadeira beleza está na força que encontramos em nós mesmas, nas pequenas vitórias diárias.
Acredito no poder da palavra escrita. É através dela que expresso minha dor, minha alegria e minha luta. Não me deixo aprisionar pelas tristezas que me visitam; sei que elas não definem meu ser. Minha vontade de ser feliz é ancestral, uma herança que recebi de mulheres sertanejas como eu tenho orgulho de ser, fortes, que vieram antes de mim. Essa força me impulsiona a desdobrar-me em mil formas, a reinventar-me sempre.
Ser mulher é abraçar esta identidade, algumas vezes singular mas outras plural, que tem a característica de transcender apenas uma definição singular pois conecta-se sempre a vivências marcadas por resistência, resiliência e coragem ao longo da vida.
Ser mulher é saber lidar com as adversidades, é encontrar caminhos onde parecem não existir. É saber que a tristeza pode coexistir com a alegria e que ambas têm seu lugar na minha história. Cada lágrima derramada é um passo em direção ao meu crescimento, cada sorriso é um ato de resistência.
Ser mulher é viver os desafios sociais construídos ao longo da vida em meio a conceitos e preconceitos muitas vezes velados que antagonizam com a nossa personalidade e empenho na construção da sociedade atual, muitas vezes patriarcal.
Ser mulher é acreditar que a doçura latente, não se contrapõe com a firmeza das atitudes e decisões do mundo atual, mas sim, complementam a complexidade do seu ser.
Então, sigo em frente, com a certeza de que minha trajetória é única e significativa, Carregando sempre comigo um legado de força e resiliência, pronta para enfrentar o que vier pela frente, pois continuo a reivindicar este espaço e esta voz pelo mundo.
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